Em uma viagem literária pelo tempo, “Aracati era assim” emerge como um portal para a história viva de uma cidade que respira tradição e cultura. Sob a curadoria meticulosa do escritor aracatiense Antero Pereira Filho, esta coletânea transcende as páginas para se tornar um testemunho eloquente dos séculos de narrativas que moldaram a cidade natal de Adolfo Caminha. Cada texto é uma peça do mosaico que compõe a identidade desta cidade brasileira. Pereira Filho, com olhar atento e sensibilidade histórica, objetivou apresentar ao mundo uma obra que não apenas informa, mas também inspira. “Aracati era assim” é, segundo o autor, um convite para entendermos as motivações que continuam a tecer o presente da Terra dos Bons Ventos.
Em uma noite memorável (25/04) no Espaço das Artes, a cidade de Aracati testemunhou o lançamento de uma obra que promete ser um marco na historiografia local: "Aracati Era Assim". Organizado com esmero por Antero Pereira Filho, o livro nos convida a mergulhar nas profundezas da memória da cidade, trazendo à tona relatos que se estendem por quase dois séculos.
A Associação Cultural Solar das Clotildes retoma o trabalho de memória e identidade cultural iniciado pela poetisa Rosângela Ponciano na década de 90.
Destaque como referência no Carnaval do estado do Ceará, Aracati busca retomar o elo com suas origens culturais. Nos últimos anos, os cidadãos da nossa histórica cidade buscaram os tradicionais blocos, além de programas para a família, onde as crianças têm mais liberdade e segurança para brincar e voltaram a incluir no seu repertório as famosas marchinhas de carnaval.
Eram as bandas de música: Filarmônica Zaranza, Euterpe Operária, Filarmônica Figueiredo, Charanga 24 de Maio. Cada qual mais bem aparelhada, com cerca de 30 figuras! - Valia a pena vê-las nos dias de festas públicas, quando saíam à rua, mesmo que fosse uma só, ou duas delas. Fardados os seus elementos, cada banda com o mestre à frente. Eu gostava daquilo e me entusiasmava.
Suave como a brisa marinha, do vento Aracati, é a música encantada de Netinho Ponciano. Homem de poucas palavras, de mínimas expressões verbais traduz o inaudito em música que toca profundamente nosso âmago.
Escultura, fotografia, performance são algumas das linguagens utilizadas pelo multiartista aracatiense Fabiano Barros. Fabiano reside atualmente na cidade de Manaus onde desenvolve seus trabalhos. Em entrevista, ele nos fala sobre suas ações como artista visual e performer.
A comunidade do Cumbe fica no município de Aracati/CE a 172 km de Fortaleza. É a última povoação da margem direita do Rio Jaguaribe12. O acesso ao local é feito por estrada de terra com 12 km de extensão entre a sede do município e o povoado.
Foi então demarcada como praça do Aracati em 1748, a medida de 1050 por 585 palmos ou aproximadamente 128 por 231 metros no sítio chamado “Cruz das Almas”, ao sul do antigo lugarejo do “Porto dos Barcos”, por ser considerado o mais livre das inundações. O risco idealizado confirma o recurso à proporcionalidade algébrico-geométrica corrente nas praças portuguesas.
A ocupação na Ribeira do Jaguaribe foi marcada pelo conflito entre os colonizadores e os indígenas da região. O objetivo dos colonos era transformar as terras “inúteis” em terras produtivas, ou seja, implantar uma atividade econômica que gerasse lucro. A pecuária foi a atividade que possibilitou a ocupação da terra cearense. Dominar, catequizar ou mesmo exterminar os índios evidencia o processo violento que estigmatizou a conquista da região jaguaribana pelos colonos.
O Grupo Lua Cheia, com sede na cidade de Aracati-CE, é um coletivo de artistas formado em 1990 com o objetivo de fomentar, divulgar e pesquisar a arte e a cultura.