Em uma viagem literária pelo tempo, “Aracati era assim” emerge como um portal para a história viva de uma cidade que respira tradição e cultura. Sob a curadoria meticulosa do escritor aracatiense Antero Pereira Filho, esta coletânea transcende as páginas para se tornar um testemunho eloquente dos séculos de narrativas que moldaram a cidade natal de Adolfo Caminha. Cada texto é uma peça do mosaico que compõe a identidade desta cidade brasileira. Pereira Filho, com olhar atento e sensibilidade histórica, objetivou apresentar ao mundo uma obra que não apenas informa, mas também inspira. “Aracati era assim” é, segundo o autor, um convite para entendermos as motivações que continuam a tecer o presente da Terra dos Bons Ventos.
Em um panorama artístico repleto de nuances e mistérios, Gerson Ipirajá emerge como um protagonista singular, cuja obra reflete não apenas talento, mas também uma profunda conexão com suas raízes e uma incessante busca por novos horizontes criativos. Em nossa imersão na entrevista com esse artista visual, somos convidados a desvendar os caminhos sinuosos que o levaram a se destacar no cenário artístico contemporâneo. Sob a aura de ancestralidade e inovação, acompanhamos a trajetória desse artista que desafia os limites da expressão visual, revelando um universo de inspiração que ecoam além das fronteiras da arte convencional.
Em uma noite memorável (25/04) no Espaço das Artes, a cidade de Aracati testemunhou o lançamento de uma obra que promete ser um marco na historiografia local: "Aracati Era Assim". Organizado com esmero por Antero Pereira Filho, o livro nos convida a mergulhar nas profundezas da memória da cidade, trazendo à tona relatos que se estendem por quase dois séculos.
Jefferson Nogueira é um artista multifacetado! Em Aracati-CE, sua terra natal, ele se envolveu desde a adolescência com diversas expressões artísticas, como teatro, poesia, pintura e dança. Contudo foi o canto lírico que o cativou e o levou a seguir uma longa e dedicada jornada de estudos e aperfeiçoamento artístico. Hoje, ele integra o Coral do Amazonas, um dos principais grupos de canto do país, e participa de eventos e festivais de ópera. Nesta entrevista, conduzida por Marciano Ponciano, ele conta um pouco de sua trajetória, suas influências e seus sonhos na arte de cantar.
A poesia foi o meu primeiro encontro com a arte. Isto ocorreu na adolescência quando escrevi os primeiros versos. Uma experiência quase sempre solitária em que a palavra foi a matéria pela qual pude conformar a minha percepção estética do mundo. Tão solitário quanto o processo criativo foi saber que os poemas nascidos de modo tão laborioso repousariam, sem o poder imanente das palavras, no fundo de uma gaveta, amontoados.
Eduardo Alves Dias (1882-1976) foi médico, poeta e dramaturgo. Nascido em Salvador, em 1882, Dias foi autor de diversos textos dramatúrgicos levados à cena na cidade de Aracati na primeira metade do século XX. Escreveu, ainda, uma farta produção literária composta por crônicas e artigos levados à público em importantes jornais de circulação em Aracati e no estado do Ceará. Como poeta sua mais importante obra é o livro “Cearenses: poemas das secas” publicado no ano de 1950.
Em 2009, escrevi a peça “aracaty” a pedido da atriz e arte-educadora Silvanise Ponciano. A montagem foi realizada pelo Grupo Dias de Teatro, coletivo formado por jovens atores/alunos do Instituto São José. O título da peça, grafada em letras minúsculas, traz a essência dos substantivos comuns, permite-nos perceber a história da cidade sob a ótica daqueles que a formaram sem, no entanto, ser-lhe menos justo quanto à sua importância e relevância.
Desde sua fundação, em 1990, o Grupo Lua Cheia percebeu na imensa e complexa tecitura que compõe as relações entre história e cultura na cidade de Aracati-CE fonte para a construção de relações entre arte e memória e fez disso seu mais importante contributo.
O vento chegou silencioso. Uma onda gigante do mar, sem barulho, fazendo deitar curvado os coqueiros e todo o homem da margem do rio. Um sussurro nem vento parecia. Soprava de tal modo que não trazia consigo nem um grão de areia dos morros para cima da vila do Cumbe. O vento zunia sobre os morros sem mexer com a areia. Que tinha cor, uma cor azulada, quando estancou de repente sobre os morros do Cumbe.
Netinho Ponciano é um dos personagens nascidos na cidade de Aracati cujas contribuições para a cultura e para a arte somam-se, além de sua própria história, à efervescente existência de coletivos musicais e artistas na cidade dos Bons Ventos em meados do século XX. Desde tenra idade sua identificação com a arte, especialmente a música, encontra registro na participação, como baterista, da banda Gimara, grupo formado por jovens alunos do colégio Marista de Aracati-CE.
Da infância em Vila Velha (ES) advém as primeiras influências vividas por Joe Lima com a fotografia. Em entrevista, partimos desse instante revelador até o diálogo com as influências, estéticas e singularidades presentes em sua obra.
O Grupo Lua Cheia, com sede na cidade de Aracati-CE, é um coletivo de artistas formado em 1990 com o objetivo de fomentar, divulgar e pesquisar a arte e a cultura.