FRANCISCA CLOTILDE- [...]Francisca Clotilde (19/10/1862 – 08/12/1935) é cearense de Tauá (antiga São João dos Inhamuns) e foi a primeira mulher a ser admitida para lecionar na Escola Normal, em Fortaleza, inaugurada a 22 de março de 1884. Viveu nos municípios cearenses Fortaleza, Aracati, Baturité e Redenção, teria participado da libertação de escravos no interior e, ao que consta, teve seis filhos, tendo sido casada mais de uma vez. Colaborou em jornais como O Domingo, A Quinzena, Revista Contemporânea, A República, na folha operária O Combate e no abolicionista O Libertador. Sonetos, contos, peças de teatro, poemas, traduções de folhetins de autores como Byron, Goethe e Gogol, críticas literárias e propagandas figuram em sua produção. Clotilde fez parte do movimento de cearenses precursoras da escrita feminina, em um tempo em que o ato de escrever, em si, era subversivo.
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A mais conhecida obra de Francisca Clotilde é celebrizada, em parte, por sua temática e pelo esquecimento que lhe foi imposto. Na introdução de A Divorciada (1902), a autora apresenta o romance como “[...] uma história singela de duas criaturas que se amaram com pureza, e as quais o destino torturou acerbamente antes de dar-lhes a felicidade almejada” (CLOTILDE, 1996: 81-2).
ALMEIDA, Luciana Andrade de. GÊNERO E TRAJETÓRIA BIOGRÁFICA: a história da ousada e esquecida Francisca Clotilde (1862-1935). In: ENCONTRO REGIONAL DE HISTÓRIA, 2006, Rio de Janeiro. Anais [...] . Rio de Janeiro: Anpuh, 2006. p. 1-10. Disponível em: http://www.snh2011.anpuh.org/resources/rj/Anais/2006/conferencias/Luciana%20Andrade%20de%20Almeida.pdf. Acesso em: 26 jul. 2021.
O Grupo Lua Cheia, com sede na cidade de Aracati-CE, é um coletivo de artistas formado em 1990 com o objetivo de fomentar, divulgar e pesquisar a arte e a cultura.