A assertiva de que os museus são lugares para guardar as marcas do passado ampliou-se para a concepção de espaço propício para a discussão contemporânea sobre a memória. Durante muitos anos a gestão destes espaços reforçou o sentido de museu como templo absoluto da memória a exemplo de ações que privilegiavam os acervos em detrimento das relações entre antigo e moderno. Jacques Le Goff, em seu livro História e Memória, declara que o estudo das tensões existentes entre o binômio antigo/moderno deve ser acompanhado da análise do momento histórico que tende por vezes denegrir ou exaltar, distinguir e afastar o conceito de moderno.
Antigo e moderno, criatividade e memória termos aparentemente antagônicos se revestem de novas significações e, fornecem às ações dos museus campo fértil para o debate constante sobre a importância dessas instituições para o desenvolvimento social.
A 11ª Semana de Museus reunirá 1.250 instituições mobilizadas em debater com a sociedade brasileira o papel do “museu” enquanto propulsor da mudança social. Com o tema: Museus (memória + criatividade) = mudança social o IBRAM busca ressaltar o arranjo entre o frescor criativo e a memória construída.
O Instituto do Museu Jaguaribano participará do evento com programação de 13 a 19 de maio com entrada franca. Exposição, palestra, visitas guiadas, peça de teatro são algumas das opções para quem visitar o museu neste período.