Transferindo-se para Fortaleza, continuou a interessar-se pelo periodismo, tendo figurado no corpo redacional de revistas e jornais literários. Participou da Academia dos Novos, de que foi presidente. Foi nomeado, em 1923, Inspetor Regional de Ensino, em cujo desempenho aperfeiçoou os conhecimentos nos assuntos da Pedagogia. Transferiu-se, em 1942, para o Rio de Janeiro, passando a ocupar o cargo técnico do Ministério da Educação. Faleceu, ali, em 1949, deixando publicados, além de “Cresça e Apareça”, 1922, os ensaios “Religião e Ensino”, 1927,; “Transfigurações” (poesias), 1937; “Poemas de Fé e de Saudade”, 1938; “Princípios de Educação Moral e Cívica”, 1940.
À Memória de minha Mãe
Deixaste a vida, Mãe, trocando as desventuras
Do mundo enganador pela vida celeste.
Do Bem, do Amor, da Fé, quanto exemplo deste,
Aos que sabem querer o bem das coisas puras!
Espírito de eleita, ascendente às alturas.
A procura de Deus, a quem tanto quiseste.
Fugiste minha Mãe, a vida em que houveste
Com mártir, a quem santificam torturas.
Estás livre do mundo, onde foste heroína
Da bondade e da Fé. E a fé sempre domina
Os eleitos de Deus, que o mal nunca quebranta.
Estás longe de mim e te julgo mais perto!
Deixou-me a tua morte o coração refeito
De Amor, de Luz e Fé – Oh! Milagre de Santa.
Aristóteles Bezerra. Transfigurações. Fortaleza, 1937, p. 55..
Fonte: Dicionário Biobibliográfico de Guilherme Chambly Studart, 1967, p. 307.
Dicionário da Literatura Cearense. Raimundo Girão e Maria da Conceição Sousa., p. 66