Nacelma Ferreira era uma debutante na política, uma neófita em disputa eleitoral, quando se candidatou pelo Partido Progressista (PP) em sua primeira eleição com o slogan: “A mulher em defesa da mulher”. Foi eleita com uma grande votação. A sua comunicação alcançou as eleitoras que a elegeram com o desejo de se verem representadas na Câmara.
Na sua segunda eleição, ainda pelo Partido Progressista (PP), a vereadora Naselma Ferreira em seu slogan de campanha, fez um agradecimento ao seu eleitorado, pelo sucesso alcançado nas urnas, dizendo: “Você faz parte dessa história”. Foi uma mensagem valorizando aqueles/aquelas que acreditaram em sua promessa em defesa da mulher.
O candidato a vereador Professor Hercílio em sua primeira disputa pelo Partido dos Trabalhadores (PT) utilizou a expressão: “Luta e Compromisso” como chamamento primordial para atrair os eleitores. É sabido que o perfil do Professor Hercílio sempre foi de um homem de luta e compromisso com suas ideias e suas convicções. No entanto, o eleitor, infelizmente não se sensibilizou com a sua mensagem.
Em sua segunda tentativa como aspirante a vereador, o Professor Hercílio pertencia ao Partido Popular Socialista (PPS). Assim como trocou de legenda, também mudou de slogan empunhando a bandeira da “Ética e Cidadania”. Ainda não seria dessa vez que o Professor Hercílio chegaria a Câmara dos Vereadores. Mesmo se valendo de fortes argumentos como Ética e Cidadania, o slogan do Hercílio não comoveu o eleitorado.
Zé Raimundo retornou a política em 2004 postulando mais uma vez uma cadeira na Câmara Municipal. Foi candidato pelo Partido Progressista (PP) com o slogan “Um Homem de Fé”. Não obteve êxito em sua empreitada. O eleitor não acreditou tão piamente na fé que ele expressava. Parecia mais uma mensagem para pretendente a pastor.
Em 2008, Zé Raimundo voltou repaginado em um novo partido o Partido Popular Socialista (PPS) e com uma comunicação forte que dizia aquilo que o eleitor mais gosta num candidato: “Fiel e Trabalhador”. Sua alegação continha a palavra mágica que produz no eleitor uma identificação com o candidato: “Trabalhador”. Dessa vez Zé Raimundo voltou à Câmara mesmo sendo eleito pela média- isto é, pelos votos da coligação.
Marcos Monteiro não conseguiu se eleger vereador na eleição de 2004 concorrendo pelo Partido Popular Socialista (PPS) com o slogan “A Câmara mais próxima do Povo”. Não funcionou seu recado. O povo não tinha tanta certeza de que com o postulante eleito a vereador, a Câmara ficasse mais próxima. Era uma mensagem impessoal, uma divulgação quase que institucional.
Na sua tentativa seguinte, em 2008, concorrendo pelo Partido Trabalhista Nacional (PTN), seu novo partido, aí sim, Marcos Monteiro acertou diretamente no alvo, no coração do povo ao expor em seu “santinho” sua nova propaganda: “Compromisso com o Povo”. O eleitor acreditou no seu compromisso e foi às urnas com a convicção de que se firmasse essa promessa.
Diano Rodrigues, candidato a vereador em 2004 pelo Partido Liberal (PL) com o slogan “Vereador do Povo”, foi conduzido à Câmara de Vereadores mais uma vez. Na eleição seguinte, em 2008, foi pretendente pelo Partido da República (PR), que substituiu o antigo PL, usando o mesmo slogan: “Vereador do Povo”. Não logrou o fruto que esperava. O slogan tinha ficado exaurido e não convenceu o povo com sua mensagem de que era o “Vereador do Povo”. Para o povo ele tinha deixado de ser seu vereador.
Kaká, usando a expressão: "Votar é Preciso”, impressa no santinho de sua propaganda eleitoral, em sua candidatura pelo Partido Liberal (PL) no ano de 2004, quase não conseguiu se eleger. Usando um slogan que não trazia nada de original nem dizia nada da personalidade nem do perfil do candidato. A afirmação de que “Votar é preciso”, poderia até mesmo ser confundida com Votar é obrigatório. Foi salvo pela média dos votos, chegou à Câmara se arrastando.
Em 2008, Kaká, filiado ao seu novo partido o Partido Republicano Brasileiro (PRB), não confiou somente no seu slogan anterior- “Votar é Preciso” - e acrescentou uma frase apelativa de cunho religioso e patriótico em sua difusão: “Feliz é a Nação cujo Deus é o Senhor”. Dessa vez o reforço ao slogan funcionou e Kaká foi eleito sem precisar dos votos da coligação.
Katia Freire trouxe para sua primeira eleição em 2004, pelo Partido Democrático Trabalhista (PDT), um slogan que convocava o eleitorado em uma forte chamada: “Renovação com Competência”. Este apelo repercutiu muito bem e conseguiu atingir o eleitorado. Katia Freire foi eleita para a Câmara dos Vereadores.
Na sua segunda eleição Katia Freire mudaria de partido. Dessa vez sob a bandeira do Partido Socialista Brasileiro (PSB) e com um novo slogan- talvez para explicar sua mudança de legenda- assim dizia: “Coragem Para Mudar”. Não conseguiu repetir o sucesso da eleição anterior. Realmente é preciso coragem para mudar, mas provavelmente não era isso o que seu eleitorado queria do seu candidato.
O Eleitor espera sempre do candidato uma frase de Promessa, de Esperança, de Compromisso. Uma frase afirmativa que lhe faça confiar, acreditar e ter Fé.