Aracati

Monday, 12 May 2008 22:18

SOBRADO DO BARÃO: DESFAZENDO UM EQUÍVOCO

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Sede do Instituto do Museu Jaguaribano.Aracati-CE Sede do Instituto do Museu Jaguaribano.Aracati-CE

Antero Pereira Filho, em seu artigo "Sobrado do Barão: Desfazendo um equívoco" vem nos apresentar fontes historiográficas sobre o sobrado sito à rua Cel. Alexanzito, 743, em Aracati, hoje sede do Instituto do Museu Jaguaribano, comumente mencionado como antiga residência do Barão de Aracati. É sobre esta referência que Antero Pereira Filho busca questionar a veracidade da alegativa.

A sua pesquisa visa tão somente esclarecer o que considera um "equívoco histórico", tendo em vista que o Barão de Aracati não nascera no citado prédio, nem tampouco ali residira. Ao longo do artigo busca esclarecer o assunto, em sua tese, embasado em pesquisa realizada nos cartórios de Aracati e em diversos documentos e jornais antigos que registram a história do sobrado e sua utilização ao longo da história. Para realizar este trabalho Antero Pereira Filho contou com as participações dos senhores Raimundo Cassemiro e Raimundo Ferreira de Lima.  

 

SOBRADO DO BARÃO: DESFAZENDO UM EQUÍVOCO 

 
Em visita ao Aracati em dezembro de 1951, o jornalista João da Granja escreveu um artigo para o jornal Gazeta do Jaguaribe, publicado por Dr. Abelardo Gurgel Costa Lima, com o título: “Dormi num Sobrado.” Nesse artigo, o jornalista narrava suas impressões sobre a cidade de Aracati e mui especialmente a respeito do sobrado onde pernoitou. 

Dormi no sobrado que pertenceu ao Dr. José Pereira da Graça Jr. – Barão de Aracati; que estudou em Coimbra, foi grande na política, na administração e na magistratura, tendo chegado, a ministro do Superior Tribunal de Justiça – hoje Supremo Tribunal Federal – Presidente da Província do Maranhão. Esse sobrado que foi uma residência senhorial numa feita o negociaram por oito contos. Hoje está valendo mais de cincoenta. O edifício tornou-se conhecido como “sobrado do Barão” e está um tanto arruinado pela velhice. Transformou-se numa casa de cômodos de Classe ainda não definidos.  

A Gazeta do Jaguaribe na edição seguinte que circulou no dia 25 de dezembro de 1951, trazia uma correspondência dirigida ao diretor do jornal, refutando as afirmações do jornalista João Granja com os seguintes dizeres: 

"Desfazendo um Equívoco" Ilmo. Sr. Dr. Abelardo Gurgel Costa Lima. D.D. Diretor da Gazeta do Jaguaribe. Lendo vosso conceituado jornal sob nº 84, de 16 do corrente mês fiquei surpreendido com a divulgação do seguinte: - No sobrado em que presentemente se acha instalado o Hotel Central de Francisco de Janes, nasceu o Dr. José Pereira da Graça Junior, Barão de Aracati? Ora a denominação do beco do Barão, é por ter residido no sobrado acima mencionado, o rico comerciante Antunes de Oliveira¹, o qual ofertando a importância de vinte contos como auxílio a guerra do Paraguai, foi agraciado pelo Imperador D.Pedro II, com o título de Barão de Messejana. O velho sobrado em que presentemente resido à Avenida Cel. Alexanzito nº 629², foi construído por meu tio-avô José Pereira da Graça, tendo nele nascido José Pereira da Graça Junior, Barão de Aracati; que morreu sem riquezas, porém deixando filhos e netos de alto valor. Eis o que divulgava minha saudosa tia Ricardina Pereira da Graça no verdor dos meus anos. Pela publicação da presente sinceramente agradece o humilde conterrâneo. João do Carmo Chaves Filho. 

Na retificação ao artigo do jornalista João da Granja, nosso conterrâneo o Sr. João do Carmo Chaves Filho esclarece somente uma parte da história do importante sobrado. Realmente é verdadeira a afirmação de que não foi no sobrado chamado do Barão onde nasceu José Pereira da Graça, nem foi por ele construído o imponente prédio. No entanto, não é verdadeira a afirmação de que nele tenha residido o Antônio Candido Antunes de Oliveira o Barão de Messejana. 

Depois de permanecer 11 anos como juiz do Superior Tribunal foi então aposentado em 1887 quando recebeu do Imperador D. Pedro II o título de Barão de Aracati. Título que somente aceitou, apesar de ter direito, por ser uma homenagem a sua terra natal conforme declarou ao receber a honrosa distinção. 

Vamos aos fatos: José Pereira da Graça, nosso futuro Barão de Aracati, fez seus primeiros estudos aqui na cidade de Aracati berço do seu nascimento. Aos 14 anos de idade no ano de 1826, seu pai o comerciante português José Pereira da Graça, mandou-o para estudar na cidade de Coimbra, Portugal. 

Retornou ao Brasil em 1829. Matriculou-se então na Academia de Ciências Sociais de Olinda, Pernambuco, terminando ali seus estudos em 1834. Ainda em Pernambuco no ano de 1833, casou-se com Dª Maria Adelaide de Alencastro. 

Ao regressar ao seu Estado natal, o Ceará, foi nomeado juiz das cidades de Icó (1835); Quixeramobim (1841) e Aracati (1851). 

Nomeado juiz de Direito do Aracati em 20 de dezembro de 1851, permaneceu no exercício desse cargo durante 06(seis) anos quando foi então transferido para a Província do Maranhão em 1857.Aqui em Aracati nasceram 02(dois) dos seus filhos: Henrique Graça (1854) e Adolfo Alencastro Graça (1856). 

Como podemos constatar, para reafirmar nossa argumentação, José Pereira da Graça viveu sua infância em Aracati até aos 14 anos de idade quando seu pai o encaminhou para estudar em Coimbra onde ficou por 03(três) anos. Ao chegar no Aracati mais uma vez teve que se ausentar de sua terra indo estudar em Olinda onde residiu por 05(cinco) anos até terminar seu curso de Direito. Retornou ao Aracati em 1851, nomeado juiz de Direito cargo que exerceu por 06(seis) anos. 

Nomeado para o Tribunal de Justiça da então Província do Maranhão no ano de 1857, logo depois de ter exercido o cargo de juiz de Aracati, permaneceu no Maranhão por longos 19(dezenove) anos onde ocupou os cargos mais elevados da justiça e da política naquela Província. 

Tendo sido nomeado no ano de 1876 para o Superior Tribunal de Justiça, transferiu-se para o Rio de Janeiro. Depois de permanecer 11 anos como juiz do Superior Tribunal foi então aposentado em 1887 quando recebeu do Imperador D. Pedro II o título de Barão de Aracati. Título que somente aceitou, apesar de ter direito, por ser uma homenagem a sua terra natal conforme declarou ao receber a honrosa distinção. Residiu no Rio de Janeiro até seu falecimento em 29 de Janeiro de 1889 com 77 anos de idade. 

Portanto essa história de que o sobrado da atual rua Cel. Alexanzito, 743 onde funciona o Museu Jaguaribano, ter pertencido ao Barão do Aracati não procede. Como demonstramos, seu tempo de permanência em nossa cidade foi relativamente curto. Não sendo possível que tenha construído nem mesmo residido no imponente sobrado denominado de Sobrado do Barão. 

No seu esclarecimento “Desfazendo um Equívoco” João do Carmo afirma:

” Ora a denominação do beco do Barão, é por ter residido no Sobrado o rico comerciante Antunes Oliveira".

Estava parcialmente equivocado o João do Carmo quando fez essa alegação, conforme expliquei anteriormente, como veremos: Muito antes do José Pereira de Graça receber o título de Barão, o Aracati já tinha o seu Barão. Antonio Candido Antunes de Oliveira, foi agraciado com título de Barão de Messejana em 18 de maio de 1867 e de Visconde em 5 de julho de 1885 pelo Imperador D. Pedro II pelos relevantes serviços prestados à Nação. Conta a história, que teria feito uma doação de vinte contos de réis ao exército Brasileiro ao tempo da guerra contra o Paraguai. 

Dignitário da ordem da Rosa. Foi Major da guarda nacional. Grande comerciante e proprietário abastado com propriedades em Aracati, Icó e Recife. Foram seus irmãos o Cônego José Antunes de Oliveira, e o Capitão Joaquim Antunes Oliveira seu sócio na firma comercial “Antunes & Irmãos” fundada no ano de 1850. Residiu em Aracati durante quase toda sua existência no sobrado da antiga rua do Comércio (atual Cel Alexanzito) nº 156, conhecido hoje como Sobrado do Cel. Alexanzito, que faz beco ou esquina pelo lado Sul, com a atual Travessa Barão de Messejana. Por ser esse o local de sua morada, todos chamavam de beco do Barão, posteriormente nominado Travessa Barão de Messejana. Portanto não residiu o Barão de Messejana no imponente sobrado de 02(dois) andares remanescentes dos 04(quatros) existentes no início do século XIX, onde hoje funciona o Museu Jaguaribano. 

  

O SOBRADO ENTÃO?! 

  

Não conseguimos ainda descobrir quem realmente pediu aforamento a Câmara para construir o Sobrado que se tornou conhecido como sobrado do Barão. Entretanto podemos afirmar com convicção que sua construção data do início do século XIX ou um pouco antes, pois numa descrição sobre o Aracati do ilustre aracatiense Castro Carreira, ele dizia que: 

Esta rua (atual Cel. Alexanzito) em 1837, tinha em toda sua extensão 58 (cinquenta e oito) sobrados dos quais 04(quatro) de 02 (dois) andares, e mais doze de mais de 04 (quatro) janelas de sacada. Mais adiante prossegue o Senador Castro Carreira na sua descrição sobre o Aracati do seu tempo. ...” As casas térreas eram igualmente bem construídas, todas de tijolos e algumas de largas proporções, e assim preenchiam todo o espaço da rua de um e outro lado sem intervalo de muros ou terrenos desocupados. 

Justifica, portanto, que o sobrado há muito havia sido edificado. 

Em 1865, o Capitão Joaquim Antunes de Oliveira, irmão do Barão de Messejana e seu sócio na firma comercial Antunes & Irmãos, comprou 05 (cinco) partes de um “Sobrado na rua do Comércio nº 27, lado do nascente que faz beco; começo pelo lado de baixo com sobrado dos herdeiros do finado João Joaquim Pagels com seus fundos.” Estas 05 (cinco) partes foram adquiridas a herdeiros que viviam na então vila de Independência na Província do Piauí. 

Com o falecimento do Capitão Joaquim Antunes de Oliveira ocorrida em 1867, sua filha única, Rosa Maria Antunes de Oliveira, herdou por herança o sobrado que pertenceu ao seu pai. Aos 16 anos, órfão de pai e mãe, Rosa Maria Antunes de Oliveira casou-se em 1868 com Dr. Miguel Joaquim de Almeida Castro, que foi juiz de Direito e chefe político em Aracati. A partir de então ficou o sobrado servindo de residência da família. Encontramos referências ao sobrado em jornais da época como a Gazeta do Norte, se referindo a um episódio ocorrido durante uma eleição municipal em 1880 quando:

"Uma banda de música foi até a frente do sobrado de residência do Dr. Miguel Joaquim sito a rua do Comercio nº 154, infelizmente não o encontrou; quem estava presente no ato era Dr. Hipólito Pamplona que foi ferido a punhal por um partidário do Dr. Miguel Joaquim de Almeida.” 

Ainda no ano de 1896, encontramos mais uma evidência da presença dos proprietários do sobrado, quando foi vendido o sobrado dos herdeiros do João Joaquim Pagels: “Dª Joana Augusta Castro Pagels vendendo um sobrado na rua do Comércio, 152 com fundos para rua Direita, 23 e armação por um e outro lado com sobrado e armazém do Dr. Miguel Joaquim de Almeida”. Como veremos mais adiante as confrontações e numeração dos 02(dois) sobrados tanto na antiga rua do Comércio como na antiga rua Direita seguiam a sequência numérica existente na época. 

O sobrado dito do Barão permaneceu propriedade da família Antunes Oliveira/Almeida Castro até o ano de 1913 quando no dia 12 de Novembro, Rosa Maria Antunes de Almeida Castro, neta do Capitão Joaquim Antunes de Oliveira, vendeu o sobrado para o Sr. Alberto Jacques Klein:

“Um sobrado à rua do Comercio desta cidade do Aracaty, sob o nº 154 de 02(dois) andares, limitando-se pelo norte com casa do Bento Colares e pelo sul com a Travessa do Barão, compreendendo o armazém anexo ao mesmo, com frente para rua Direita sob o nº 25”. 

No dia 8 de fevereiro do ano de 1948, Dª Gasparina Campelo Klein, adquiriu por herança do seu marido Alberto Jacques Klein, o sobrado de 02(dois) andares à rua Conselheiro Liberato Barroso (antiga do Comércio) desta cidade do Aracati, sob o nº 154. Mudava o nome da rua, mas o número permanecia o mesmo. 

Em 10 de Janeiro de 1949, Dª Gasparina Campelo Klein, vendeu ao Sr. Manuel Bernardino de Souza, conhecido como Manuel de Sergio, os fundos do sobrado que tinha a numeração 25 da antiga rua Direita, atualmente Cel. Alexandrino,758. 

Durante esse período que o sobrado pertenceu à família Klein, teve por um longo tempo a serventia de hotel. Primeiramente explorado pelo Sr. Teófilo Pinto e sua irmã Castorina Pinto. Foi nessa época que auxiliava seu irmão na administração do hotel, que Castorina desenvolveu sua arte de colocar apelidos. Principalmente com os hóspedes que se instalavam no hotel. Quando se afastou de suas atividades de hoteleiro, Teófilo Pinto passou então o hotel para Francisco de Janes Zaranza, o famoso carnavalesco aracatiense- Chico de Janes- que assumiu a direção do hotel mudando o nome para Hotel Central. 

Em 25 de Fevereiro de 1959, Dª Gasparina Campelo Klein, vendeu ao Sr. Luis de Oliveira Melo; “Um sobrado construído de tijolos e coberto de telhas com frente de azulejos, à rua Cel Alexanzito nº 743, fazendo esquina com a Travessa Barão de Messejana, onde tem 07(sete) portas, tendo 03(três) portas de frente no pavimento térreo, 03(três) no primeiro andar e 03(três) no segundo andar. Fundos de meio quarteirão, sendo a frente para o poente confrontando ao norte com prédio de Maria do Carmo Zaranza, ao sul com a Travessa Barão de Messejana, ao nascente com fundo do quintal de Manuel Bernardino de Souza e ao poente com Av. Cel Alexanzito”. 

O velho sobrado, continuou sendo utilizado comercialmente pelo novo proprietário, como o único hotel da cidade, durante 10(dez) anos. Até que em 15 de janeiro de 1969, o Sr. Luís de Oliveira Melo, comerciante, viúvo, residente em Jaguaruana, vendeu por escritura pública nesta data ao SESI –Serviço Social da Indústria – “Um prédio assobradado construído de tijolo e coberto de telhas, com frente de azulejos, sito a Avenida Cel Alexanzito, 743”. 

 Um mês antes, -22 de dezembro de 1968 - da realização definitiva da venda do sobrado, foi então instalado o Museu Jaguaribano nas dependências do histórico e majestoso prédio, símbolo de nosso passado de glória e de riquezas. Iniciativa de notáveis aracatienses liderados pelo grande incentivador da cultura e da preservação do patrimônio do Aracati Dr. Hélio Ideburque Leal. 

Por divergências com a direção do SESI, o Museu Jaguaribano foi impedido de funcionar, ficando o sobrado fechado por muito tempo, servindo somente de residência a funcionários do SESI. Depois de muitos apelos e negociação, em 1980 o sobrado foi cedido pelo SESI em comodato para que o Museu Jaguaribano pudesse funcionar sem sobressalto de novas intervenções ou fatos imprevistos. 

Em 1983 o Estado tomou a iniciativa, criando uma lei que tombava o sobrado com o intuito de preservar este patrimônio de importância histórica para nossa cidade. 

Finalmente em 18 de março de 2000, em solenidade realizada nas dependências do Círculo Operário Católico de Aracati, com a presença do Presidente da Fiec Dr. Jorge Parente, o sobrado foi doado pelo SESI ao Instituto do Museu Jaguaribano. 

Em 13 de Abril de 2000, o IPHAN – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional em cerimônia realizada na cidade do Rio de Janeiro, tombou em definitivo o prédio que por tanto tempo, erradamente, foi chamado de Sobrado do Barão de Aracati. 


1- Antonio Candido Antunes de Oliveira 
2- Atualmente Galeria Marcelo. 
 
Fontes: 


Cartório Alexandre Gondim 
Cartório Costa Lima 
Diocese Limoeiro do Norte 
Dicionário Bibliográfico Cearense- Barão de Studart 
Gazeta do Jaguaribe 
O Aracaty 
A Epocha 
O Jaguaribe 
Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte 
Almanak Administrativo Mercantil e Industrial do Rio de Janeiro 
Revista do Instituto Histórico de Ceará 

 

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Antero Pereira Filho

ANTERO PEREIRA FILHO, nasceu em Aracati-CE em 30 de novembro de 1946. Terceiro filho do casal Antero Pereira da Silva e Maria Bezerra da Silva, Antero cresceu na Terra dos Bons Ventos, onde foi alfabetizado pela professora Dona Preta, uma querida amiga da família. Estudou no Grupo Escolar Barão de Aracati até 1957 e, a partir de 1958, no Colégio Marista de Aracati, onde concluiu o Curso Ginasial.
Em 1974, Antero casou-se com Maria do Carmo Praça Pereira e juntos tiveram três filhos: Janaina Praça Pereira, Armando Pinto Praça Neto e Juliana Praça Pereira. Graduou-se em Ciências Econômicas pela URRN-RN em 1976 e desde então tem se destacado em sua carreira profissional.
Antero atuou como presidente do Instituto do Museu Jaguaribano em duas gestões (1976-1979/1982-1985) e foi secretário na gestão do prefeito Abelardo Gurgel Costa Lima Filho (1992-1996), responsável pela Secretaria de Indústria, Comércio, Turismo e Cultura.
Além de sua carreira profissional, Antero é conhecido por seus estudos sobre a história e a memória da cidade e do povo aracatiense, amplamente divulgados em crônicas e artigos publicados na imprensa local desde 1975. Em 2005, sua crônica "O Amor do Palhaço" foi adaptada para o cinema em um curta-metragem (15") com direção de seu filho, Armando Praça Neto.

Obra

Assim me Contaram. (1ª Edição 1996 e 2ª Edição 2015)
Histórias de Assombração do Aracati. Publicação do autor. (1ª Edição 2006 e 2ª Edição 2016)
Ponte Presidente Juscelino Kubitschek. (2009)
A Maçonaria em Aracati (1920-1949). (2010)
Aracati era assim... (2024)
Fatos e Acontecimentos Marcantes da História do Aracati. (Inédito)
Notícias do Povo Aracatiense (Inédito)

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