A artista cearense (Aracati) Nice Firmeza chega aos 90 anos e celebra a data com a abertura de uma exposição e com o lançamento de um livro de memórias. O evento acontece, hoje, às 18 horas, no Museu do Ceará.
Suave como a brisa marinha, do vento Aracati, é a música encantada de Netinho Ponciano. Homem de poucas palavras, de mínimas expressões verbais traduz o inaudito em música que toca profundamente nosso âmago.
Qual o papel do retrato no século XXI? Partindo dessa indagação o artista plástico Edson Virginio organiza sua mais nova sequência de trabalhos em pintura sobre tela, na qual o retrato torna-se evidente. Com isto busca potencializar o retrato no século XXI e, dessa maneira, a partir de uma estética que compreende a imagem como forma hibrida a ganhar novos usos, suportes, sentidos e significados. A história da arte registra a importância do retrato em diversas épocas e movimentos artísticos e isto evidencia uma força mutante capaz de ultrapassar o tempo.
Escultura, fotografia, performance são algumas das linguagens utilizadas pelo multiartista aracatiense Fabiano Barros. Fabiano reside atualmente na cidade de Manaus onde desenvolve seus trabalhos. Em entrevista, ele nos fala sobre suas ações como artista visual e performer.
Estes são os valores que a rendeira trabalha na "grade" feito um tabuleiro de xadrez. Com maestria, e por bravura, ela desmancha o tecido existente para refazê-lo, e por acréscimo, exagera na beleza e relevo do Labirinto, reforçando, inclusive a resistência do tecido. Só não é legal que, nesse ofício de invenção e saber ancestral, tanto trabalho seja ignorado e as labirinteiras sobrevivam dividindo-se com outros afazeres domésticos, de agricultura ou de outras atividades de ocasião. Isso ocorre pela desvalorização do trabalho, lento e meticuloso, cujo preço de mercado é sempre aquém do tempo e da habilidade empregados.
Às vésperas do ano novo, entrevistamos a Secretária de Cultura, Turismo e Economia Criativa da cidade de Aracati-CE, Sra. Cláudia Leitão. Ao longo do diálogo Leitão se revelou entusiasmada com a Terra dos Bons Ventos e nos falou sobre os projetos que pretende empreender junto à pasta.
A casa pertenceu a Monsenhor Bruno Figueiredo que ainda jovem ingressou no seminário da Prainha, em Fortaleza, onde se ordenou em novembro de 1875. Dirigiu o Ateneu Cearense, o Liceu do Ceará e o Instituto de Humanidades. Fez concurso em Manaus, conquistando a cadeira de latim no Liceu Amazonense, e foi professor do Externato São José e Colégio Santa Teresa. Foi vigário de Maranguape a pároco de Aracati, onde faleceu em 1930. Jornalista e orador, foi figura incansável na defesa dos desvalidos. Foi condecorado com comenda da ordem de Cristo. Publicou “Oração Fúnebre”, “Sermão sobre a Imaculada Conceição” e “Os primeiros bispos do Ceará”.
“Aracati magicamente produz seus artistas- farejadores de mínimas coisas- abrindo voos de puro encantamento”[1]
A nossa herança cultural é toda a gente aracatiense. Nossas histórias dizem muito sobre quem somos, e somos essencialmente um povo que se expressa pela arte. Que o digam os que chegam a essa terra e são recebidos com gentileza e acolhimento, a configurar o traço cultural dessa gente hospitaleira. Há, também, aqueles que sequer pisaram em nosso torrão natal e, mesmo assim, sabem muito de nós! Tanto que não há como apagar as linhas traçadas no diluir do tempo. Séculos de tradições culturais.
Edson Virginio (Aracati-CE) conjuga em cores a obra Serei-a. A mensagem verbal, tal qual a imagética, revela-se revestida por jogos de sentidos. O verbo é a substância do sujeito em um jogo de espelhos e sentidos caleidoscópicos. Quem será ela, a fêmea mítica revelada em sinuosa imagem? Ela impõe-se enigmática assim como a esfinge.
Trata-se de um trabalho de fôlego da pena do poeta R. Leontino Filho, professor da Universidade Estadual do Rio Grande do Norte, mas nascido cearense. Além de mestre da literatura, o autor é poeta e crítico literário, desenvolvendo grande atividade em jornais e revistas, principalmente do Nordeste.
Histórias de Assombração de Aracati, do escritor aracatiense Antero Pereira Filho, chega à segunda edição em outubro de 2016. A obra reúne uma seleta de contos oriundos do imaginário popular da cidade de Aracati. O escritor, neste projeto, se propõe a mesclar lendas da cidade de Aracati ao mesmo tempo em que alia a historicidade da Terra dos Bons Ventos em descrições pormenorizadas do casario colonial, da sociedade, da economia bem como uma série de fatores relacionados à própria história do Brasil a exemplo da escravidão e dos ciclos econômicos.
O Grupo Lua Cheia, com sede na cidade de Aracati-CE, é um coletivo de artistas formado em 1990 com o objetivo de fomentar, divulgar e pesquisar a arte e a cultura.