Aracati

Wednesday, 25 December 2013 21:30

A CABEÇA DE MONSENHOR BRUNO

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Monsenhor Bruno Monsenhor Bruno

Qual o espaço para a memória da cidade de Aracati diante do descaso e completa falta de conhecimento de sua história? Todavia, a frase é sempre fácil: “Aracati, terra de Jacques Klein, Paula Nei, Adolfo Caminha”. De tanto ouvir todos sabemos sobre estes ilustres anônimos. Ilustres porque foram personalidades que se destacaram em um dado momento da história de nosso país e por isso a nossa sociedade em um dado momento resolveu acolhê-los como exemplos valiosos para a nossa história. Anônimos porque sabemos pouco sobre eles. O insuficiente para travar com estes os mais horrendos atentados à memória daqueles. Incluo a esta lista, só para citar como exemplo, o ilustre memorável Bruno Rodrigues da Silva Figueiredo- Monsenhor Bruno. O mês de outubro dedicado a celebrar a emancipação política de nossa cidade também foi um mês dedicado a feitos danosos à memória deste importante filólogo, latinista e clérigo aracatiense. 

O caso ganhou repercussão na rede social despertando ainda mais o descaso de alguns e a indignação de muitos. Mas parece que há muito querem a cabeça de Monsenhor Bruno! Há aproximadamente uma década, quando a praça Monsenhor Bruno foi reformada, a herma inaugurada em sua homenagem no dia 30 de novembro de 1937 desapareceu misteriosamente. Sendo, misteriosamente, encontrada entre materiais de construção num depósito da prefeitura. Alguns perguntaram à época: “Onde está a “cabeça de Monsenhor Bruno?” Inquietações dessa maneira é que demonstram o reconhecimento de parte da sociedade aracatiense à memória de nossos ilustres aracatienses. Hoje ela encontra-se em lugar diferente do projeto inicial- centro da praça. Mas está lá observando-nos, como uma esfinge a lançar-nos indagações que precisamos em nosso tempo responder. 

Não podemos esquecer que somos uma cidade elevada a condição de patrimônio histórico e cultural. Isto requer um zelo e cuidado especial para com a história a cultura aracatienses. Importante ainda destacar que essa é uma conquista de nossa sociedade que de modo organizado soube articular os meios necessários para que a nossa memória e história merecessem a proteção de órgão federal. Neste processo destaco a atuação do Instituto do Museu Jaguaribano instituição civil organizada. Hoje, Aracati atrai investimentos de milhões com o PAC-Cidades Históricas e isto certamente trará benefícios para todos. Enquanto isso... Monsenhor Bruno nos interroga com seu olhar austero e que resposta daremos?

 

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Marciano Ponciano

MARCIANO PONCIANO- Sou natural de Aracati-Ce, terra onde os bons ventos sopram. Na academia da vida constitui-me poeta, realizador de sonhos, encenador de máscaras. Na academia dos saberes acumulados titulei-me professor de Língua Portuguesa e especializei-me em Arte-Educação. O projeto de vida é semear a arte por onde passe: teatro, poesia, artes plásticas- frutos da experiência acumulada em anos dedicados a ser feliz. Quando me perguntam quem sou - ator, poeta, encenador, artista plástico, educador? Afirmo: - Sou poeta!

Publicou:

Poetossíntese. Coletânea de poemas. Ed. própria. Aracati-CE. 1996.

Caderno de Literatura Poetossíntese. Coletânea de poemas. Ed. Terra Aracatiense. Aracati-CE. 2006.

aracaty. Cadernos de Teatro. Ed. Terra Aracatiense. Aracati-CE. 2010.

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O Grupo Lua Cheia, com sede na cidade de Aracati-CE, é um coletivo de artistas formado em 1990 com o objetivo de fomentar, divulgar e pesquisar a arte e a cultura.