Além dos indígenas, povos africanos foram utilizados como mão de obra na economia colonial. O tráfico de africanos era feito por comerciantes europeus que os traziam como escravos em navios (chamados de negreiros ou tumbeiros) da África até o Brasil. Em média, a viagem durava de 30 a 45 dias e eram péssimas as condições de vida dos africanos escravizados nestes navios; havia pouca água, pouca comida, sempre de péssima qualidade; as condições eram sub-humanas. Os africanos, quando chegaram ao Brasil, passaram a fazer parte da sociedade na condição de escravos, como uma cultura dominada, impossibilitada de se manifestar livremente. O trabalhador escravo era uma mercadoria, que podia ser vendida, trocada ou alugada pelo dono, e, por isso, tinha alto valor comercial. O Brasil comprou milhões de escravos no período colonial. A mão de obra dos negros foi explorada principalmente nas grandes plantações de cana-de-açúcar, em Pernambuco e na Bahia e, depois, nas plantações de café do sul do Brasil.
ELEIÇÃO MUNICIPAL EM ARACATI EM 1844- Desde o começo da semana, que começava a chegar gente, vindo de todas as partes do município. As caravanas e os comboios chegados de Catinga do Góis[1] se confundiam com os que chegavam de Caiçara[2] num vai e vem pelas ruas empoeiradas da ex-Vila de Santa Cruz do Aracati, agora cidade de Aracati, recém-emancipada festivamente no dia 25 de outubro de 1842.
Quando alguém caía doente de cólera-morbo, a primeira providência era chamar o padre para dar a extrema unção, pois sendo uma doença mortal naquele tempo, meados do século XIX, os conhecimentos médicos eram quase inúteis ante a ferocidade do mal. Restava então somente apelar para Deus, dando um encaminhamento à sua presença, através dos santos sacramentos, àquele indivíduo que por ventura viesse a ser acometido de cólera-morbo.
Aracati é uma das cidades mais velhas do Ceará e, outrora apresentou desenvolvimento e atingiu um grande esplendor - entretanto, na década de 1960, quando lá fui morar, Aracati vivia das lembranças e das glórias do que de outra cousa.
Descobertas arqueológicas e arquitetônicas, encontradas no Teatro Francisca Clotilde, evidenciam a atividade teatral aracatiense no início do século XIX. Em entrevista, Ramiro Teles, arquiteto do IPHAN, nos revela detalhes sobre a obra de restauração e requalificação do Teatro Francisca Clotilde.
A cidade de Aracati é mais bonita e menos movimentada que a de Icó. Ambas têm o mesmo aspecto de paz, de felicidade e de velhice.
Aracaty é denominação de um vento e de uma brisa. Correm ambos pelo norte do Brasil ou, melhor, por determinadas regiões do Ceará. No vale do Jaguaribe, por exemplo, o vento aracaty sopra geralmente na direção nordeste-sudoeste, “com alguma violência”, e aparece ao cair da tarde, durante o estio. Em Icó, entretanto, o aracaty perpassa “como brisa mansa que vem do mar”.
Existiu, há muitos anos, na vila de Fortim, deste município, uma velha viúva conhecida por "Maroca", que morava em companhia de um filho também viúvo bastante idoso e de uma neta solteirona. A velha "Maroca" contava, presumivelmente, 90 anos de idade, e segundo nos mostra a lógica, já estava caduca e, além disso, quase cega. Não sabia mais o que fazia nem o que dizia, e só identificava raras pessoas pela voz.
O primeiro jornal, que o Aracati possuiu. Redator e proprietário Joaquim Emilio Ayres, conhecido por Ayres da Michaella, anteriormente Joaquim Ignacio Wanderley, natural de Alagoas.
O Grupo Lua Cheia, com sede na cidade de Aracati-CE, é um coletivo de artistas formado em 1990 com o objetivo de fomentar, divulgar e pesquisar a arte e a cultura.