Em uma viagem literária pelo tempo, “Aracati era assim” emerge como um portal para a história viva de uma cidade que respira tradição e cultura. Sob a curadoria meticulosa do escritor aracatiense Antero Pereira Filho, esta coletânea transcende as páginas para se tornar um testemunho eloquente dos séculos de narrativas que moldaram a cidade natal de Adolfo Caminha. Cada texto é uma peça do mosaico que compõe a identidade desta cidade brasileira. Pereira Filho, com olhar atento e sensibilidade histórica, objetivou apresentar ao mundo uma obra que não apenas informa, mas também inspira. “Aracati era assim” é, segundo o autor, um convite para entendermos as motivações que continuam a tecer o presente da Terra dos Bons Ventos.
Em uma noite memorável (25/04) no Espaço das Artes, a cidade de Aracati testemunhou o lançamento de uma obra que promete ser um marco na historiografia local: "Aracati Era Assim". Organizado com esmero por Antero Pereira Filho, o livro nos convida a mergulhar nas profundezas da memória da cidade, trazendo à tona relatos que se estendem por quase dois séculos.
Netinho Ponciano é um dos personagens nascidos na cidade de Aracati cujas contribuições para a cultura e para a arte somam-se, além de sua própria história, à efervescente existência de coletivos musicais e artistas na cidade dos Bons Ventos em meados do século XX. Desde tenra idade sua identificação com a arte, especialmente a música, encontra registro na participação, como baterista, da banda Gimara, grupo formado por jovens alunos do colégio Marista de Aracati-CE.
O cirurgião Francisco José de Mattos nasceu em Aracati, em 12 de outubro de 1810. Foi um daqueles aracatienses que mais fez para honra sua terra natal. Oriundo de uma família pobre, mas distinta, faltaram-lhe os recursos pecuniários necessários, para que se formasse em medicina, profissão a qual tinha pronunciada vocação, sobretudo para a cirurgia.
A necessidade de se construir um novo mercado público em Aracati, já era um assunto discutido no ano de 1860.
No período de criação e instalação da Vila de Santa Cruz do Aracaty (atual cidade de Aracati), vieram de Portugal, junto com a Carta Régia, as recomendações adotadas pelo Parecer do Conselho Ultramarino de Lisboa. Tais observações se referiam, sobretudo, a largura das ruas, a extensão das praças, a localização dos edifícios públicos, bem como os tipos de casas residenciais que deveriam ser iguais e ter o mesmo perfil, atendendo, sobretudo, para o aspecto estético.
Em outubro de 1851, quando a febre amarela chegou ao Aracati através do seu declinante porto, trazida por um viajante vindo de Fortaleza, onde a epidemia se alastrava em todos os lugares, não distinguiu entre pobres e ricos as suas vítimas.
O centro Histórico de Aracati nos remete a um passado carregado de lembranças que nos fazem viajar por culturas distantes. Essas representações, uma vez materializadas no espaço, quase sempre estão associadas a participação dos nossos colonizadores (portugueses, africanos, pernambucanos, baianos e riograndenses). No traçado das ruas e praças, nos elementos arquitetônicos, nos hábitos e costumes da gente aracatiense perpetuam-se as características dos indígenas, de povos oriundos de outras capitanias e também "do outro lado do mundo".
No período colonial, a Câmara Municipal, representava o poder local das vilas. Os vereadores eram escolhidos por período trienal. Depois de eleitos, os "homens bons", nomeavam os juizes que auxiliavam na administração da vila. Das várias atribuições, estava aquela relacionada à legislação do meio ambiente.
O patrimônio arquitetônico de Aracati guarda muitas surpresas àqueles que se dedicam a vasculhar o passado e descobrir os resquícios no espaço deixados pelos antepassados.
O Grupo Lua Cheia, com sede na cidade de Aracati-CE, é um coletivo de artistas formado em 1990 com o objetivo de fomentar, divulgar e pesquisar a arte e a cultura.